Acidentes são a principal causa de morte de crianças e adolescentes de 1 a 14 anos no Brasil, superando óbitos relacionados a doenças e até mesmo a violência, aponta a ONG Criança Segura. Dados do Ministério da Saúde de 2017 mostram que 3.661 meninos e meninas perderam a vida devido a acidentes dentro e fora de casa.
“A grande maioria dessas perdas poderia ter sido evitada com medidas simples de prevenção. E é esse alerta, de que criança tem que brincar, mas com segurança, que a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) fará durante todo o mês de outubro, aproveitando a comemoração do Dia das Crianças”, afirma o presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT, Sandro Reginaldo.
A campanha tem o apoio da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica (SBOP). “O objetivo principal dessa ação conjunta é orientar como os pais e os cuidadores podem preservar a saúde dos pequenos, além de ressaltar a importância da Ortopedia Pediátrica nos primeiros anos de vida”, diz o presidente da SBOT, Moisés Cohen.
O presidente da SBOP, Gilberto Brandão, compartilha da mesma opinião. “Na infância, os ossos e os músculos estão em contínuo crescimento e desenvolvimento. Acidentes traumáticos, como fraturas e outras lesões envolvendo crianças e adolescentes devem ser tratadas preferencialmente por um ortopedista que recebeu treinamento especial em problemas pediátricos”, explica ele.
Entre os cinco principais causadores estão, acidentes de trânsito (1.190 óbitos), situações de afogamento (954 óbitos), situações de sufocação (777 óbitos), queimaduras (217 óbitos) e quedas (181 óbitos).
Conforme o presidente da SBOT, regional MT, Renam Bumlai, existem diversas atitudes que podem salvar vidas. “Um estudo da Abramet, a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, mostra que hábitos como transportar os pequenos corretamente no banco de trás, usando cadeirinha e cinto de segurança, podem reduzir em até 70% os riscos de morte e ferimentos em casos de acidentes de trânsito”, declara.
Engasgamento é um tipo de ocorrência que deixa mais vulneráveis as crianças de 1 a 3 anos de idade, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Sendo que o agente causador não é apenas a comida, mas também moedas, botões, brinquedos inadequados para a faixa etária, caso dos que têm muitas pecinhas pequenas, e dos feitos com material sintético, caso das bexigas. “Para evitar esse tipo de problema, basta tomar cuidados simples: prestar atenção nos acessórios das roupas, como cordões e broches; nunca dar ou deixar que a criança se alimente deitada; e não oferecer nada enquanto ela estiver falando, andando, correndo, brincando ou chorando”, lista Moisés Cohen.
Por Assessoria
Ilustrações: Divulgação / SBOT Nacional