Atualmente Mato Grosso dispõe de sete unidades de coleta, que contam com a solidariedade das mães
Mais de 2 mil mães doaram leite humano em 2023 e beneficiaram 1.679 bebês prematuros hospitalizados. O balanço é da Rede Mato-grossense de Bancos de Leite Humano (rmBLH), coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que conta com sete unidades de coleta, distribuídas na Baixada Cuiabana e nas regiões Sul, Médio Norte e Teles Pires de Mato Grosso.
“A gestão entende a relevância da amamentação e da alimentação complementar saudável. Temos investido em capacitações sobre a temática. Com a construção dos quatro novos Hospitais Regionais, a expectativa é de que a rede de banco de leite também seja ampliada no interior do Estado”, afirma o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Ao longo do ano passado, a Rede realizou 13.028 atendimentos, entre individuais e em grupo, fez a coleta de 2.954 litros de leite humano e a doação de 2.128 frascos de vidro com tampa, que foram utilizados para distribuir leite aos recém-nascidos.
Satisfeito com o resultado dos trabalhos realizados em 2023, o superintendente de Atenção à Saúde da SES, Diógenes Marcondes, afirma que a equipe continuará fortalecendo as ações para 2024.
“A SES trabalha fortalecendo a rede de coleta para que mais pessoas que amamentam possam se tornar doadoras de leite humano e, consequentemente, ajudar no crescimento saudável dos recém-nascidos hospitalizados”, pontua o gestor.
Conforme o nutricionista e integrante da equipe de Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável da SES, Rodrigo Carvalho, o leite materno proporciona mais qualidade de vida aos bebês recém-nascidos.
“Entre os bons resultados está a prevenção de anemias, o fortalecimento do sistema imunológico, a redução da chance de desenvolver obesidade e a contribuição para o desenvolvimento cognitivo”, afirma Rodrigo.
Rodrigo destaca que a campanha Fevereiro Lanranja, que visa a conscientização sobre a leucemia infantil, busca incentivar a doação de leite humano e a continuidade da amamentação.
“Pesquisas recentes apontam que amamentar o bebê com leite materno por no mínimo seis meses pode reduzir o risco de leucemia infantil”, ressalta o nutricionista.
Como doar
Podem doar leite humano as pessoas que estiverem amamentando e produzem qualquer quantidade de leite para além do que o seu bebê necessita.
“A doadora precisa estar saudável, não fazer uso de nenhum medicamento contraindicado para o período de amamentação e continuar amamentando o seu bebê por até dois anos ou mais e de forma exclusiva pelos primeiros seis meses de vida”, ressalta Rodrigo.
Ao atender esses critérios, a pessoa pode se cadastrar em uma das seis unidades de coleta de leite humano distribuídas nos municípios de Cuiabá, (no Hospital Geral, no Hospital Universitário Júlio Muller, no Hospital e Maternidade Femina e no Hospital Beneficente Santa Helena), em Rondonópolis (na Santa Casa de Misericórdia), em Tangará da Serra (no Hospital Santa Ângela) e em Lucas do Rio Verde (no Hospital São Lucas).
Estrutura da rede
A equipe de Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável trabalha na implementação de estratégias de promoção, proteção e apoio à amamentação em todos os níveis de atenção à saúde. Uma delas é a Rede Mato-grossense de Bancos de Leite Humano, que está em expansão para outras regiões de saúde.
Nos próximos dois anos, mais dois bancos de leite humano serão implantados na região do Teles Pires, aém de mais uma unidade na região Sul e outros quatro distribuídos nas regiões de saúde do Alto Tapajós, Médio Norte, Noroeste Mato-grossense e no Araguaia Xingu.
“A rede trabalha para a implementação desses bancos em razão da construção dos quatro Hospitais Regionais que estão em obra nessas localidades”, conclui Rodrigo.