SILVIA SOUZA
“O correr da vida embrulha tudo. (…) O que ela quer da gente é coragem!”. Guimarães Rosa nos dá uma grande lição sobre nossas decisões. Batalhas que todos temos, pequenas ou grandes, não possuem outra forma de lidar, senão enfrentando.
No consultório médico, a cada paciente, as orientações de mudanças são sempre individualizadas, já que os fatores envolvidos estão relacionados diretamente ao ambiente, à sua história, à sua rotina, aos fatores psicológicos e aos hábitos das pessoas com as quais ele convive.
Em todo início, estamos empenhados e cheios de energia, e geralmente começamos na segunda-feira, ou “depois das festas de fim de ano”.
Mas, naquela semana, o aniversário no escritório, ou um happy hour na sexta, torna-se uma grande pedra no caminho. Um momento, ou uma semana ruim, podem nos fazer desacreditar de nossa capacidade em ser resilientes futuramente.A partir daí, temos mais uma difícil decisão: seguir uma rotina saudável que nos exige resistência constante, ou apenas “relaxar” e “fazer o que dá”.
Há, ainda, uma terceira opção: viver em busca das fórmulas milagrosas, pois, por que, então, o resultado vem apenas para algumas pessoas? Assim, seguimos esperando pela segunda-feira com o clima mais ameno, pelo tênis mais adequado para o treino, ou pelo dia em que acordaremos motivados e cheios de energia para tomar um copo de café preto sem açúcar e mudar tudo!Se, em alguns meses, o corpo desejado não vem, nos frustramos e deixamos novamente a rotina consumir nossa vontade de evoluir.
Fracionar os objetivos em nossa rotina parece algo muito desanimador.Entretanto, em quanto tempo esperamos mudar hábitos construídos por anos ou décadas? Ademais, vale considerar que a progressão rumo aos objetivos torna-se mais satisfatória quando realizada em equipe.Seguir sozinhos pode nos tornar muito mais vulneráveis às nossas fraquezas e vontades, pois seguiremos em busca de prazer e comodidade.Procurar ajuda de profissionais, com acompanhamento regular para sustentar os resultados no longo prazo, é sempre a melhor opção!
Embora tendamos a terceirizar a culpa, seja no remédio que não funcionou para sempre, ou no horário da academia sempre lotado, atitudes necessárias ninguém terá por nós.
Nosso “eu” futuro pode ser alguém arrependido ou muito grato ao que está vivendo hoje.
Dra. Silvia Souza é médica de família, docente da faculdade de Medicina da Unic, e integra a equipe multidisciplinar da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde e docente da faculdade de Medicina da Unic”O correr da vida embrulha tudo. (…) O que ela quer da gente é coragem!”. Guimarães Rosa nos dá uma grande lição sobre nossas decisões. Batalhas que todos temos, pequenas ou grandes, não possuem outra forma de lidar, senão enfrentando.
No consultório médico, a cada paciente, as orientações de mudanças são sempre individualizadas, já que os fatores envolvidos estão relacionados diretamente ao ambiente, à sua história, à sua rotina, aos fatores psicológicos e aos hábitos das pessoas com as quais ele convive.
Em todo início, estamos empenhados e cheios de energia, e geralmente começamos na segunda-feira, ou “depois das festas de fim de ano”.
Mas, naquela semana, o aniversário no escritório, ou um happy hour na sexta, torna-se uma grande pedra no caminho. Um momento, ou uma semana ruim, podem nos fazer desacreditar de nossa capacidade em ser resilientes futuramente.A partir daí, temos mais uma difícil decisão: seguir uma rotina saudável que nos exige resistência constante, ou apenas “relaxar” e “fazer o que dá”.
Há, ainda, uma terceira opção: viver em busca das fórmulas milagrosas, pois, por que, então, o resultado vem apenas para algumas pessoas? Assim, seguimos esperando pela segunda-feira com o clima mais ameno, pelo tênis mais adequado para o treino, ou pelo dia em que acordaremos motivados e cheios de energia para tomar um copo de café preto sem açúcar e mudar tudo!Se, em alguns meses, o corpo desejado não vem, nos frustramos e deixamos novamente a rotina consumir nossa vontade de evoluir.
Fracionar os objetivos em nossa rotina parece algo muito desanimador.Entretanto, em quanto tempo esperamos mudar hábitos construídos por anos ou décadas? Ademais, vale considerar que a progressão rumo aos objetivos torna-se mais satisfatória quando realizada em equipe.Seguir sozinhos pode nos tornar muito mais vulneráveis às nossas fraquezas e vontades, pois seguiremos em busca de prazer e comodidade.Procurar ajuda de profissionais, com acompanhamento regular para sustentar os resultados no longo prazo, é sempre a melhor opção!
Embora tendamos a terceirizar a culpa, seja no remédio que não funcionou para sempre, ou no horário da academia sempre lotado, atitudes necessárias ninguém terá por nós.
Nosso “eu” futuro pode ser alguém arrependido ou muito grato ao que está vivendo hoje.
Dra. SILVIA SOUZA é médica de família, docente da faculdade de Medicina da Unic, e integra a equipe multidisciplinar da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde e docente da faculdade de Medicina da Unic