O projeto tornou-se um laboratório vivo que possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em educação ambiental e alimentar, unindo teoria e prática de forma contextualizada, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e estreitando relações através da promoção do trabalho coletivo e cooperado entre os agentes sociais envolvidos.
Uma alimentação saudável, sem o uso de agrotóxicos, vem sendo sistematicamente incentivada nas unidades educacionais de Várzea Grande. Alunos da Escola Municipal de Educação Básica EMEB Maria Barbosa Martins, do Distrito de Bonsucesso, estão participando do Projeto “Levando a Horta da Escola para Casa”, promovido pela Prefeitura Municipal de Várzea Grande. O projeto propõe estender as atividades do cultivo das hortaliças desenvolvido na escola para as próprias casas dos alunos.
A diretora da escola, Eliane Winck, explicou que “para que as crianças encarem a horta como parte de seu dia a dia e sintam que é algo que pertence a elas, é bom envolvê-las no processo desde cedo. Você pode começar perguntando para a criança se ela sabe de onde vêm os alimentos, como eles são plantados, como nascem e chegam até a nossa casa”, explicou Eliane.
Com este pensamento, a direção da escola, através do Programa Escola Em Tempo Ampliado – ETA, resolveu implementar o projeto que tem como objetivo estender a horta da escola para a casa dos alunos. “O desenvolvimento do projeto horta na escola vem sendo feito em uma série de etapas. E todas elas estão sendo de grande importância para a integração entre os alunos, pais e os professores da escola e demais profissionais envolvidos. Nessas etapas há algo que pode ser utilizado como fonte de aprendizado para os estudantes”, disse a diretora.
A horta inserida no ambiente escolar torna-se um laboratório vivo que possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em educação ambiental e alimentar, unindo teoria e prática de forma contextualizada, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e estreitando relações através da promoção do trabalho coletivo e cooperado entre os agentes sociais envolvidos.
“Pode ser observado, nesse trabalho, um papel bastante importante da comunidade escolar, auxiliando no planejamento, execução e manutenção das hortas, levando até os participantes princípios de horticultura orgânica, compostagem, formas de produção dos alimentos, o solo como fonte de vida, relação campo-cidade, entre outros”, afirmou Winck.
A educação ambiental é marcada pela necessidade de definir sua identidade frente a outros campos da educação encontra no conceito de interdisciplinaridades, uma união áreas educativas para que se possa aprimorar o conceito e aplicação da educação ambiental, e o uso da educação no projeto horta pode promover novos hábitos alimentares levando ao seu consumo frequentemente.
A proposta implantada na escola trouxe ganhos positivos e com resultados esperados alcançados, através de mudanças alimentares e consumo diário pelos alunos e de pais que relataram que passaram a consumir hortaliças devido às cobranças dos filhos. “Percebe-se, portanto, que é notório que a horta contribui para um ensino e aprendizagem, tanto para inserção ao consumo das hortaliças como para uma consciência ambiental e sustentável, cabendo ao educador buscar informações especificas e mãos à obra”, observou o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat.
É fundamental que se lance mão da educação ambiental na promoção de uma nova cultura alimentar nas escolas, fazendo-os conhecerem a importância dos alimentos, da higienização desses alimentos, do valor nutritivo, sobretudo despertando gestores escolares, pais e alunos para a análise crítica sobre propagandas de produtos alimentícios pouco nutritivos, levando-os a consumir aqueles mais nutritivos.
“Isto porque se entende que a merenda escolar assume um papel importante na formação da criança, desde que elaboradas por meio de cardápios ricos e nutritivos, contribuindo para uma vida saudável e uma aprendizagem mais eficiente e acarreta em uma melhor qualidade de vida e saúde. Valorizar a vida do campo, utilizando a horta escolar como uma estratégia para tal emerge nesse cenário. Ao interagir com esses conhecimentos, o aluno transforma-se: aprende, e amplia seus conhecimentos. Consequentemente, isso que possibilita novas formas de pensamento, de inserção e atuação em seu meio, tanto aqueles que fazem parte do meio rural, como os alunos que residem na cidade”, reforçou Eliane.
Para a educadora, a horta, além de contribuir para a merenda escolar, proporciona a aquisição de bons hábitos alimentares, estímulo ao consumo de hortaliças e frutas, bem como resgate de hábitos regionais e locais. “A horta se tornou um espaço de aprendizagem que se estendeu para a casa dos alunos. E a nossa escola está conseguindo despertar nos alunos a vontade e o gosto pela horta e o desejo de construir em cada casa a sua própria horta. As crianças servem de multiplicadores, porque levam o que aprendem na escola para casa e, deste modo, a influência da horta não se restringe à escola”, concluiu.
Por Secom – VG