A importância do diagnóstico precoce no câncer infantojuvenil

O câncer é um termo usado para mais de 100 tipos de doenças malignas, que tem em comum o crescimento desordenado (e incontrolável) das células, podendo invadir os tecidos vizinhos ou distantes (metástases). Ele pode surgir em qualquer lugar do corpo, entretanto alguns órgãos são mais comumente afetados do que os outros.

No Brasil, o câncer é a principal causa de morte na faixa etária de 5 a 19 anos. Os tipos de câncer mais comuns nessa faixa etária são as leucemias agudas, seguidas pelos tumores de sistema nervoso central (cerebrais) e os linfomas (câncer dos órgãos linfáticos).

O câncer pediátrico não é uma doença da qual se possa prevenir e não existem evidências científicas que deixem claro a associação da doença com fatores ambientais.

Diferentemente dos cânceres de adulto, os tumores pediátricos têm características peculiares:   o curto período de latência (período entre o aparecimento da doença até o desenvolvimento de sintomas) e o rápido crescimento tumoral.

Quanto maior o tempo entre os primeiros sintomas e o diagnóstico, piores são as condições clínicas que a criança chega para o tratamento e, consequentemente, desenvolve um maior número de complicações com menores chances de cura.

Nesse cenário, como ainda não podemos falar de prevenção do câncer infantil, nossa ênfase atual é no DIAGNÓSTICO PRECOCE e encaminhamento imediato para um tratamento de qualidade.

A maior dificuldade no diagnóstico precoce ocorre pelo fato dos sintomas clínicos dos tumores pediátricos serem muito inespecíficos e comuns a outras doenças benignas mais frequentes na criança.

Estejam atentos a sintomas como:

– Febre por mais de 7 dias;

– Vômitos frequentes;

– Emagrecimento;

– Sangramentos;

– Inchaço dos gânglios (ínguas) em todo corpo;

– Palidez progressiva;

– Dor nos ossos.

O Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCanMT) possui uma equipe especializada no tratamento onco-hematológico infantil. A equipe multiprofissional é composta de médicos oncologistas, médicos hematologistas, pediatras, cirurgiões pediátricos, psicologia infantil, assistência social, enfermagem oncológica, além da mais moderna e recém inaugurada UTI Pediátrica.

A criança com suspeita diagnóstica de neoplasia maligna deve ser investigada em centro de referência na área.