Estados Unidos doam 3 milhões de vacinas de dose única contra a Covid-19 ao Brasil

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O governo dos EUA anunciou nesta quinta-feira (24) que irá enviar 3 milhões de doses da vacina da Jannsen contra a Covid-19 diretamente ao Brasil.

O lote que imunizará 1,5 milhão de pessoas (o equivalente à população de Brasília!) parte do aeroporto de Fort Lauderdale, na Flórida, e deve chegar em Viracopos, em Campinas (SP), até sexta-feira.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, este é o maior número de vacinas doadas pelos Estados Unidos para qualquer país até agora.

A Jannsen é uma companhia farmacêutica da Bélgica fundada há quase 60 anos e que hoje faz parte do grupo Johnson & Johnson. Seu imunizante é aplicado em dose única.

Para Juan Gonzales, assessor do presidente Joe Biden para a América Latina, “a doação ao Brasil reflete o foco do governo para combater a Covid numa das regiões mais afetadas pela pandemia”.

55 milhões de doses

No início desta semana, a Casa Branca apresentou um plano para compartilhar 55 milhões de doses da vacina para todo o mundo. Desse total, 14 milhões estariam destinados à América Latina e ao Caribe – com o Brasil incluído.

No plano, 15 em cada 20 doses serão distribuídas via Covax Facility, programa de compartilhamento de vacinas contra a Covid-19 liderado pela Organização Mundial da Saúde e destinado a países pobres.

A doação faz parte da promessa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de doar 80 milhões de vacinas produzidas no país (60 milhões de doses da AstraZeneca e mais 20 milhões da Pfizer/BioNTech, da Moderna e da Johnson & Johnson) para o mundo.

Preocupação com o Brasil

Para Juan Gonzales, a doação direta das 3 milhões de doses ao Brasil “reflete o foco do governo [dos EUA] no Hemisfério Ocidental como uma das regiões mais afetadas pela pandemia”.

Estamos orgulhosos de poder fornecer essas vacinas seguras e eficazes para o povo do Brasil”, completou ele, enfatizando que o objetivo da doação não é para obter concessões brasileiras em troca, mas com o único propósito de salvar vidas.

A comunidade científica, incluindo médicos, epidemiologistas e infectologistas estão trabalhando com as autoridades dos dois países para acelerar a chegada e distribuição das vacinas.

Fonte: Folha de S. Paulo / Razoes para acreditar