Telemedicina: a democracia na saúde dos brasileiros

Por Luciana Gurevich

A telemedicina já é uma realidade e desempenha papel essencial na evolução e melhoria dos serviços de saúde prestados à população. No Brasil, a incorporação da modalidade representa um progresso notável, enfrentando obstáculos geográficos, maximizando recursos e oferecendo cuidados mais eficazes, democráticos e acessíveis.

Ao eliminar barreiras físicas por meio de consultas online, a telemedicina facilitou o acesso a tratamentos médicos em locais remotos e regiões desprovidas de infraestrutura adequada. Essa evolução não apenas reduziu as desigualdades na saúde, mas também promoveu uma alocação mais justa dos recursos disponíveis.

A adoção da telemedicina vai além da superação espacial, abrangendo a prestação de cuidados médicos remotos, o acompanhamento de pacientes à distância, consultas por meios digitais e a integração das tecnologias de informação e comunicação no manejo clínico. Essa estratégia não apenas amplia a disponibilidade de serviços de saúde, mas também impulsiona a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento assertivo.

Gestão

Gerenciar equipe médica de diferentes especialidades é um desafio complexo, mas crucial para garantir um atendimento eficiente. A teleconsulta lida com pacientes provenientes de várias fontes, como cartões de saúde, operadoras de saúde e do setor público. Cada grupo pode ter necessidades específicas, expectativas diferentes e processos de atendimento distintos.

Criar protocolos específicos para cada jornada é fundamental para atender a essas diferentes demandas e garantir que todos os pacientes recebam cuidados adequados.

Dessa forma, é importante coordenar agendas, escalas de plantão e especialidades para evitar sobrecarga ou ociosidade. A telemedicina pode ajudar nesse aspecto, permitindo consultas remotas e um melhor gerenciamento da agenda dos profissionais.

O modelo de atendimento remoto pode resolver mais de 80% da demanda de saúde no Brasil, assegurando um fluxo saudável e sustentável da medicina presencial. Cabe ressaltar que, com a telemedicina, ganhamos inúmeros médicos especialistas disponíveis para o primeiro atendimento dos pacientes via teleconsulta.

As demandas trazidas a locais de pronto-atendimento são urgências relativas, e que poderiam ser bem solucionadas, via telemedicina, sem sobrecarregar os hospitais. Isso evitaria a superlotação tão comum no dia a dia dos hospitais públicos e privados.

É relevante contabilizar que uma parcela considerável dos brasileiros se desloca numa distância de 50 a 100 quilômetros em busca de atendimento especializado. Essa demanda logística, no transporte de pacientes, traz grandes custos para prefeituras e governos estaduais de todo o País. E é por isso que a telemedicina ajuda a democratizar o acesso aos serviços e produtos de saúde na rotina assistencial, direcionando o paciente para o atendimento presencial quando realmente é necessário.

Um exemplo claro deste cenário são os pacientes oncológicos em remissão, que muitas vezes precisam se deslocar vários quilômetros até os centros especializados para que o médico possa ver os resultados de seus exames e direcionar novos pedidos. Essa demanda poderia ser facilmente solucionada via teleconsulta, deixando o deslocamento única, e exclusivamente, para realização de exames.

Investimento

Primeiramente, os sistemas de telessaúde ajudam a baratear os custos de redes públicas e privadas, ajudando também ao Poder Público investir em uma ampla infraestrutura hospitalar, ambulatório móvel e laboratório, entre outros formatos de atendimento. A otimização aprimora a alocação eficiente de recursos, como médicos, enfermeiros, equipamentos e instalações.

Apesar dos desafios tecnológicos, a implementação da telemedicina compensa a necessidade de deslocamento dos pacientes e otimização de tempo nas filas de espera. E assim transforma-se a maneira como cuidamos da saúde, tornando-a mais acessível, eficiente e abrangente.

Ao considerarmos o presente e o futuro desse novo universo de atendimentos, é crucial observar e monitorar como a telemedicina se distribui de forma democrática à medida que alcança um público mais amplo.

Embora os processos tecnológicos estejam avançados, outro aspecto que merece aprofundamento é a especialização dos médicos em telemedicina. Afinal, está se formando um mercado específico para absorver as múltiplas demandas desse modelo de atendimento.

**Luciana Gurevich é formada em Medicina pela Universidade Pontifícia Católica de São Paulo (PUC-SP), com pós-graduação em Dermatologia e Medicina Estética. Trabalha com telemedicina há 4 anos e atua como Responsável Técnica na Doutor ao Vivo, auxiliando na gestão, administração e estruturação da operação médica.

 

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