O menor bioma do Brasil conta também com a maior diversidade por metro quadrado; a maior parte do Pantanal fica em território nacional e os viajantes podem observar animais que sempre sonharam em seu habitat natural
Acordar pela manhã, tomar café e se preparar para ouvir, observar e sentir os mais diversos animais silvestres é a lembrança do biólogo Pablo Edini, ao falar sobre o Pantanal. “As manhãs no Pantanal são uma verdadeira sinfonia, com diversas espécies de aves celebrando o novo dia, é simplesmente lindo”. Tuiuiú, garça, onça, capivara, tucano, gavião, cervo, ema, arara-azul, tamanduá, anta, entre outras dezenas de espécies de aves, felinos, veados e roedores podem ser vistos e ouvidos na maior planície alagável do mundo. O Pantanal, e só ele no Brasil, consegue proporcionar isso para os viajantes que passam por lá.
Com uma diversidade de plantas e animais, o Pantanal é o menor bioma do Brasil, mas possui uma das maiores biodiversidades do mundo por metro quadrado. É isso que o torna o mais diverso e diferente quando comparado a todos os outros biomas. São mais de 138 mil quilômetros quadrados, que abrigam cerca de 264 espécies de peixes, 652 de aves, 102 de mamíferos, 177 de répteis e 40 de anfíbios.
“As observações no Pantanal são influenciadas pelos períodos de enchente, vazante e seca. Na enchente, encontramos aves florestais, como anu-coroca, papa-lagartas e arapaçus. Na vazante, há uma mistura de aves, como patos, marrecos e garças. Na seca, vemos aves especializadas em poças d’água, como colhereiros e cabeça-seca. Dependendo do período, usamos barcos e canoas, quando há mais água, e safáris e trilhas durante a seca, permitindo uma observação ampla das aves e do ecossistema local”, explica Pablo Edini.
A grande quantidade de animais presentes na região é sempre destaque, até mesmo para quem já sabe o que esperar. “O maior diferencial para mim foi a quantidade de espécies de animais que eu vi, principalmente, de pássaros. Além de conseguir ver algumas onças em seu habitat natural, coisa que eu nunca tinha experienciado na minha vida. Foi uma vivência que eu tive a oportunidade de fazer e ver coisas que eu não conseguiria em nenhum outro lugar”, destaca Monica Sayuri Bando, viajante que realizou expedição ao Pantanal.
Nomeado recentemente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Reserva da Biosfera, o Pantanal fica localizado, em sua maior parte, nos estados do Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS), mas se estende ao Paraguai e Bolívia. A região é também considerada um ecossistema de transição entre a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Cerrado e o Chaco, pois tem elemento de cada um deles.
Mais do que visitar o Pantanal e conhecer lugares como o Porto Jofre, a região com a maior concentração de onças-pintadas do mundo, ou observar raras aves como o socoí-zigue-zague e a garça-da-mata, que costumam aparecer em áreas florestais, é importante promover o turismo sustentável como uma das ferramentas de preservação deste importante e delicado bioma.
“Sempre falo que é imprescindível conhecer para preservar e esse é o caso do Pantanal, um bioma único, extremamente rico e tão pouco conhecido pela maioria dos brasileiros. E depois de criar mais de 20 experiências na Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, finalmente chegou a hora de mostrarmos a nossa visão do Pantanal, com um roteiro que combina muita natureza, safáris e observação de onças-pintadas. Queremos mostrar que as pessoas não precisam, necessariamente, ir para a África para ter esse tipo de experiência extremamente natural e conectada com animais silvestres, algo que podemos vivenciar na maior planície alagável do planeta aqui mesmo no Brasil”, enfatiza Daniel Cabrera, cofundador e diretor-executivo da Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil.
Turismo sustentável deve ser escolha na hora de conhecer o Pantanal
O turismo sustentável, que leva em consideração a conservação ambiental, a valorização da cultura local e o fortalecimento econômico, é considerado fundamental para realizar uma expedição consciente. Visitar o Pantanal expande a percepção da biodiversidade brasileira, ampliando o repertório dos visitantes por meio de uma grande aventura.
Nathalia Vicente, coordenadora de produtos e negócios da Smiles Viagens e parceira da Vivalá, destaca algumas frentes importantes sobre o turismo no Pantanal. “Uma delas é a gente ajudar a economia local pelo turismo e a desenvolver cada vez mais a região. Do ponto de vista da sustentabilidade, levar os viajantes para o Pantanal e saber que são pessoas que a gente vai conscientizar no sentido de elas entenderem a importância do Pantanal para todo o mundo e para o ecossistema, é diferente da gente fazer uma venda de um pacote para um resort ou para uma grande capital”.
Pablo também ressalta a importância das atividades realizadas no Pantanal, destacando os benefícios para a pesquisa. “O ecoturismo, incluindo o birdwatching (observação de pássaros), promove a conservação da natureza. Visitando pousadas comprometidas com causas ambientais, ajudamos a manter áreas preservadas que sustentam a vida selvagem e promovem a coexistência harmoniosa com os seres humanos. Além disso, o turismo ecológico pode financiar pesquisas, manejo de fauna e iniciativas de preservação”.
O roteiro
A experiência no Pantanal oferecida pela Vivalá pode durar de cinco a seis dias, com ponto de encontro na cidade de Cuiabá (MT). Nos roteiros de seis dias, o primeiro dia é dedicado à chegada na capital mato-grossense, com tempo disponível para explorar a cidade e conhecer pontos como a Praça da República, o Centro Histórico e alguns dos diversos parques e museus, dependendo do horário de chegada de cada viajante. Os dias no Pantanal são focados na observação de animais, sendo recomendado o uso de celulares ou câmeras para registros, além do aplicativo Merlin, que auxilia na identificação das aves.
No segundo dia, a aventura começa após o café da manhã. O grupo é transportado em vans ou veículos 4×4 pela rodovia Transpantaneira em direção a Poconé, município localizado a cerca de 140 km de Cuiabá, que serve como base para a expedição. Após o check-in na pousada e o almoço, é hora do primeiro passeio para observação de animais. À noite, o grupo participa de uma focagem noturna e, em seguida, segue para o jantar, encerrando o primeiro dia no Pantanal.
O terceiro dia é um dos mais especiais. Às 5 horas, o grupo sai da pousada em direção ao Porto Jofre, onde será recebido com um delicioso almoço na Pousada Berço Pantaneiro. Em seguida, ocorre o safári fluvial em lanchas motorizadas. Retornando à pousada, é hora de jantar e descansar para o dia seguinte. Recomenda-se levar uma mochila menor, apenas com os itens necessários para a pernoite.
No quarto dia da expedição, após um delicioso e reforçado café da manhã, inicia-se o segundo dia de safári fluvial. Para aproveitar ao máximo a navegação, o almoço é servido a bordo, uma prática comum durante os passeios de avistamento de onças. Ao final deste que é o ponto alto da expedição, o grupo realiza o check-out na pousada e retorna para Poconé, chegando a tempo para o jantar.
O último dia de passeio no Pantanal começa bem cedo, com a contemplação do alvorecer na região. Essa observação é bastante especial, pois permite avistar espécies que não são vistas durante o dia, como o tamanduá-bandeira. Em seguida, o grupo retorna para o café da manhã e segue com atividades de observação. São três saídas durante o dia, em diferentes horários, aumentando assim as chances de se deparar com o máximo de espécies locais. Para fechar o dia, mais uma focagem noturna será realizada, seguida pelo jantar. O sexto dia é destinado ao retorno para casa, que ocorre após o café da manhã, quando todos seguem para o aeroporto.
“A minha experiência no destino foi fantástica. Além das imersões na natureza serem muito impactantes, é um destino que está muito estruturado para o ecoturismo. Então, quando você sai do passeio de observação, você volta para uma pousada que é extremamente confortável e que tem uma infraestrutura com piscina e com lazer para que possamos também descansar, ler e ter uma bela refeição. O tempo todo nessa viagem você está se divertindo ou relaxando com conforto”, afirma o produtor de experiências da Vivalá, Guilherme Cipullo, que participou da criação da Vivalá.
No pacote de seis dias oferecidos pela Vivalá estão incluídos: Safári ao alvorecer (observação de animais ao nascer do sol), Safári terrestre (observação de animais ao longo do dia), focagem noturna (observação de animais à noite), canoagem no Safári Fluvial no rio São Lourenço (observação de animais durante a navegação), uma noite no Porto Jofre, todos os transportes terrestres, hospedagens em Cuiabá, Transpantaneira e Porto Jofre, em pousadas confortáveis, cafés da manhã, almoços e jantares, equipe de campo Vivalá composta por guia e facilitador, além de seguro para todos os envolvidos
A completa experiência tem um investimento a partir de 8x sem juros de R$ 812 no cartão ou R$ 6.175 à vista. Nesta expedição em especial, crianças de até seis anos não pagam. Grande parte dos roteiros da Vivalá são personalizados e indicados para crianças. “Estava procurando expedições envolvendo a natureza para fazer com meu filho João, de sete anos, e acabei escolhendo a Vivalá. Vou guardar lindas memórias. O João, com o zelo e carinho das outras crianças, se sentiu acolhido.”, destaca Nicoli, viajante Vivalá, em depoimento no TripAdvisor.
Ainda há vagas disponíveis para a próxima expedição ao Pantanal, que acontecerá no feriado de 12 de outubro. Para mais detalhes sobre o roteiro e reservas em outubro ou em outras datas, acesse: https://www.vivala.com.br/expedicoes/pantanal