Olimpíadas do dia a dia: CEOs usam o esporte para alcançar alta performance no trabalho

Executivos de grandes marcas contam como atividades como tênis, skate, beach tennis e até automobilismo, agregam no desempenho do dia a dia de suas empresas

Encontrar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal tem sido um desafio constante no mundo dos negócios, apesar do ritmo acelerado, é possível adotar uma abordagem inovadora, prazerosa e capaz de impulsionar a criatividade. Uma pesquisa da Australian Psychological Society apontou que quatro entre cinco pessoas que passam tempo em hobbies sente uma melhora na administração do estresse, além do aumento da criatividade e desenvolvimento de novas habilidades.

Conheça uma nova geração de líderes que estão integrando suas atividades de lazer em suas rotinas diárias, com uma perspectiva inovadora para impulsionar sua produtividade:

 

Basquete- Clarissa Rios, sócia fundadora e diretora técnica DoctorFit

“Trago comigo a disciplina do esporte de alto rendimento para os negócios”

Dos 14 aos 23 anos, Clarissa Rios dedicou seu tempo à carreira de atleta, jogando basquete profissionalmente. Após diagnosticada com um tumor ósseo no fêmur, mesmo sendo benigno, ela precisou fazer um acompanhamento e para evitar o pior, teve que ser afastada das quadras. Atualmente com formação em medicina e educação física, a atleta segue viva dentro dela e o basquete foi uma forma de encontrar-se para que os resultados positivos obtidos nas quadras refletissem em seu negócio, foi então que criou a DoctorFit. “Mesmo com o novo trabalho e os estudos, sempre senti muita falta de praticar o esporte. Um belo dia, tive um sonho que ouvia a bola de basquete na quadra, e nesse dia, acordei com o sentimento que precisava fazer algo. Cursei medicina para continuar no esporte e ajudar as pessoas que precisavam ter sua saúde recuperada e hoje entendo que trago comigo a disciplina do esporte de alto rendimento para os negócios”, afirma.

Tênis – Tiago Machado, fundador e CEO do Club M Brasil

“O tênis entrou na minha vida na adolescência e foi fundamental para desenvolver minha capacidade de superação e resiliência”

O empresário começou a praticar tênis aos 13 anos com a intenção de se tornar jogador profissional. Chegou a integrar uma das equipes de juvenis mais desejadas da época, competindo e acumulando prêmios numa carreira que durou até os seus 18 anos. “O tênis proporcionou muitos benefícios na minha vida, desde físicos, até mentais e pessoais. Eu aprendi a ser extremamente disciplinado por conta da rotina de tenista. O esporte também contribuiu para o meu autocontrole e o aumento da capacidade de lidar com situações de conflito, qualidades que me ajudam até hoje, destacando entre elas, a resiliência, que me faz não desistir até conquistar meus objetivos, quer sejam pessoais ou profissionais. Embora menos frequente, eu ainda jogo tênis nos momentos de lazer, e costumo dizer que sou extremamente competitivo em tudo o que faço”, diz o CEO e fundador do Club M Brasil, clube de negócios que conecta empresários.

Jiu-jitsu – João Piffer, CEO e sócio fundador da PróRir 

“O esporte me ajuda a praticar a abertura para o diálogo, o respeito, o senso de humanidade e a humildade

O dentista e CEO da PróRir, rede de clínicas odontológicas, sempre arranjou um tempo na rotina para a prática esportiva. Segundo ele, a luta o ajuda muito na concentração das tarefas diárias e resolução de problemas e conflitos dentro da empresa. João é faixa preta no esporte e chegou a competir profissionalmente, já tendo conquistado o campeonato brasileiro e o terceiro lugar no campeonato sul-americano. “Muitos valores são aplicados nos treinamentos, como ter resiliência, saber pensar sob pressão e ter a capacidade de se superar a cada instante. Essas habilidades acrescentam muito na minha prática de gestão na franqueadora”, afirma João, que tem no esporte uma paixão.

Tênis  – Rodrigo Balotin, CEO da Bubble Mix

“Ao mesmo tempo que me desconecta do trabalho, é importante para minha saúde física e mental” 

Em meio à agitada rotina de gestão da Bubble Mix, rede pioneira de bubble tea no Brasil, o paranaense Rodrigo Balotin, de 39 anos, aposta no tênis como esporte e hobby offline. “Competitivo como sou, não consigo fazer apenas por ‘fazer’. O tênis atua fundamentalmente na minha saúde física e vitalidade, para melhor rendimento em todos os aspectos. Me proporciona habilidades de estratégia e pensamento ‘fora da caixa’. Recentemente, conquistei um ótimo resultado na Federação Paranaense de Tênis, meta que coloquei novamente para os próximos campeonatos”. (esq. na foto)

Automobilismo – Gare Marques, cofundador e diretor de marketing da Mais1.Café

“O automobilismo é a combinação perfeita para o meu dia a dia como empreendedor”

Com amor pelo automobilismo, Gare dedica suas horas livres ao esporte, que está no DNA da sua família, que tem forte ligação com o esporte. Dessa forma, executivo sempre encontrou nas pistas momentos para relaxar e se divertir. Por isso, acumula mais de 10 anos de atuação como estrategista de corrida e líder de times na Stock Car Brasil, e agora, realiza a mesma função na NASCAR Brasil Sprint Race. “Acredito que a emoção do automobilismo gera uma combinação perfeita para o meu dia a dia como empreendedor, porque combinada com a necessidade de decisões rápidas e certeiras, e isso contribui para uma rotina mais direcionada no trabalho”, compartilha.

Tênis — Cristiano Corrêa, CEO da Ecoville

“O esporte me ajuda a desenvolver a inteligência emocional, essencial para o empreendedorismo”

Cristiano pratica tênis há 17 anos e utiliza o esporte como uma ferramenta para desacelerar e se desligar um pouco da pressão da rotina intensa. “O tênis me exige muita concentração, o que me ajuda a relaxar e deixar o estresse de lado”. Além disso, ele diz que o esporte o ajuda a desenvolver a inteligência emocional, fator essencial para o empreendedorismo. No dia a dia dos negócios, o CEO da Ecoville, maior rede de produtos de limpeza do Brasil, visa usufruir da disciplina e concentração estimuladas pelo esporte: “procuro olhar para os detalhes com a mesma atenção que dou ao tênis. Isso me ajuda a tomar decisões mais acertadas e a diferenciar-me da concorrência”, e completa, “Para mim, hoje, no empreendedorismo, quem consegue se antecipar nos detalhes sai na frente sempre. Uso muito as táticas do tênis para isso, antecipação de uma jogada, uma previsão onde o adversário jogará a bola, para eu consiga ser assertivo em meus próprios movimentos.” (dir. na foto)

Montanhismo – Vinicius Barreto, vice-presidente da 300 Scale Up, uma das verticais da 300 Ecossistema de Alto Impacto

“Traz ensinamentos de resiliência”

Vinicius pratica esportes como montanhismo, corrida de rua e Triathlon, que considera ajudar muito na sua rotina e na alta performance. Para ele, o montanhismo e escalada, além de ajudar a ter foco, traz ensinamentos até mesmo sobre resiliência. “Uma atividade que dá vontade de desistir várias vezes, mas a gente fala que vai chegar no topo, e com isso vai criando micro metas ao longo da montanha. Se for para desistir, eu vou desistir quando chegar nessa parte, e assim vai seguindo. E isso é muito similar ao empreendedorismo”, explica.

Tênis, corrida e skate – Lucas André, CEO e fundador da Fast Tennis

“Esporte para me manter em movimento e praticar mindfulness”

Em meio a rotina corrida de CEO, Lucas André encontra na prática de esportes como Tênis, corrida e skate uma forma de manter-se em movimento e praticar mindfulness. Para ele, esses hábitos impactam diretamente na sua visão empreendedora, pois só se consegue cuidar de pessoas e dos negócios quem cuida primeiro de si. “Cuidar da saúde, treinar o foco, trabalhar o raciocínio, sair da zona de conforto e se tornar aprendiz todos os dias. Nas aulas de tênis, trabalho muito a humildade e a superação contínua. Esses são soft skills fundamentais para o empreendedor. Vale destacar que o ambiente do tênis gera muito network e oportunidades de negócios”, afirma Lucas que, além dos esportes, é apaixonado por vinhos e frequenta confrarias.

Beach tennis e musculação -Ycaro Martins, CEO e sócio fundador da Vaapty
“Durante esse tempo consigo relaxar para criar novas ideias”

Foi através do esporte que Ycaro Martins, CEO e sócio fundador da Vaapty encontrou um ponto de equilíbrio para melhorar a vida pessoal e os negócios. Há dois anos ele decidiu melhorar seus hábitos, começou a fazer beach tennis, musculação e conseguiu eliminar 33 kg, saindo da casa dos 115 kg para os 82 kg. Na Vaapty, através dessa mudança de hábitos, ele passou a se sentir mais motivado, conseguiu vender mais franquias e também passa isso para a equipe. Todas as unidades que batem metas, eles criam dinâmicas de grupo, fazem gritos de guerra e comemorações para incentivar os colaboradores.

Beach tennis – Giordania Tavares, CEO da Rayflex

“Aproveito o tempo livre para fazer atividades físicas” 

Apesar da correria, Giordania Tavares, CEO da Rayflex, não deixa de cuidar da saúde do corpo. Esses momentos de descontração servem também para aliviar um pouco os pensamentos, e concentrar-se em assuntos diferentes dos rotineiros. “Tenho uma personal que me acompanha nessa jornada e é muito parceira. Além do treino puxado, também converso para descontrair. Agora estou aprendendo beach tennis”, comenta. (de branco na foto)


Base Jump – Gabriel Farrel, fundador e CEO da Borda & Lenha
“Comecei a pular do penhasco para não ter mais medo de nada e nesse tipo de esporte, aprendi a lidar com calma e tranquilidade em situações de pressão”
Gabriel Farrel, encontrou no esporte radical mais do que diversão e lazer: situações que o ajudam diariamente na rotina empreendedora. Aventureiro, Farrel começou a praticar o base jump, modalidade do paraquedismo na qual o esportista salta de um local inusitado utilizando apenas a coragem, um paraquedas ou um wingsuit. Segundo o empreendedor, a atividade tem muito a ensinar para o mundo dos negócios. “Literalmente comecei a pular do penhasco para não ter mais medo de nada e nesse esporte, aprendi a lidar com calma e tranquilidade em situações de pressão, a tomar atitudes e decisões em um curto período de tempo, além de entender que nem tudo vai sair conforme planejamos”, comenta Farrel.