Com mais ferro, 70% mais cálcio e 30% mais proteínas, os derivados lácteos de bufalinos são alternativas para quem busca uma alimentação mais saudável
Embora consumida há milênios pelos povos indianos e do Império Romano, o leite de búfala e seus derivados começaram a ser ‘redescobertos’ nos últimos anos pelos consumidores adeptos da alimentação saudável e pelas pessoas com deficiência em nutrientes importantes, como cálcio, ferro e proteínas. Só no Brasil, o volume de leite de búfala processado praticamente dobrou, saltando de cerca de 9 milhões de litros em 2020 para mais de 17,5 milhões de litros em 2023, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ACBC). Além do sabor delicado, esses alimentos chamam a atenção por seu valor nutricional e benefícios superiores aos produtos à base de leite de vaca.
“Para se ter uma ideia do poder destes alimentos, a quantidade de proteína, vitamina e cálcio presente em 200g de mozzarella de búfala equivale a uma picanha ou três bifes bovinos”, afirma Ana Dalva Pedro, bacharel em ciência e tecnologia de laticínios e coordenadora de Qualidade, do Laticínios Bom Destino, marca líder da categoria, segundo a ACBC.
De sabor leve e de consistência mais delicada, os laticínios de leite de búfala, além de ser fontes de vitaminas e minerais, como fósforo e magnésio, contêm 30% mais proteína e 70% mais cálcio do que produtos à base de leite de vaca, além de 100% de proteína A2A2, que é mais bem digerida pelo organismo, por isso não causa desconforto abdominal após a ingestão.
Os derivados de búfala também têm praticamente o dobro do ferro e de Ácido Linoleico Conjugado, um antioxidante encontrado na gordura dos bufalinos, conhecido pela propriedade anticancerígena e que atua também sobre os efeitos secundários da obesidade, da arteriosclerose e do diabetes. O leite de búfala se destaca ainda por apresentar menos colesterol, apenas 214mg contra 319mg do leite de vaca.
As peculiaridades e a saudabilidade maior dos laticínios de bubalinos se deve às características do próprio animal. “Uma búfala é mais resistente a doenças do que uma vaca, e por isso, necessitam de menos medicamentos, e com isso acabam produzindo um leite muito mais saudável, sem toxinas”, explica Ana. A especialista ainda ressalta que a criação responsável, que assegura o bem-estar animal, também é fundamental para assegurar a alta qualidade da matéria-prima.
Mais saúde para mulheres, crianças e idosos
Por ser uma fonte poderosa de nutrientes, especialmente de cálcio, vitaminas do complexo B e ferro, o leite e derivados de búfala beneficiam, principalmente, os idosos e a saúde da mulher em todas as fases, seja para ajudar na prevenção de osteoporose, seja para reforçar a nutrição durante a gestação e lactação.
Os derivados lácteos de búfala ainda são grandes aliados no desenvolvimento da criança e preparo físico dos atletas.