Por Gian Pestana, COO da Doutor Ao Vivo
Na última década, presenciamos uma verdadeira evolução no campo da saúde impulsionada pela digitalização. À medida que a tecnologia continua a avançar, testemunhamos mudanças significativas na forma como os cuidados médicos são acessados, entregues e gerenciados.
É evidente o papel crucial que a tecnologia desempenha em toda a sociedade e em todos os segmentos e na saúde, isso não poderia ser diferente, uma vez que notável o quanto a tecnologia está tornando o mercado mais amplo, democrático e centrado no paciente, o que, consequentemente, melhora o atendimento médico em todo o país.
Até a pandemia de Covid-19, estávamos presos em debates sobre se, em algum momento, seria possível um paciente realizar uma consulta médica de maneira remota.
No entanto, essa realidade já mudou drasticamente, pois o atendimento e realização de consultas médicas remotas já é uma prática cada vez mais utilizada. Isso ocorre, pois a telemedicina facilita o acesso à saúde, tornando possível que pacientes possam receber assistência médica de qualquer lugar, sem ter que se preocupar com locomoção, eliminando barreiras geográficas e distribuição desigual de profissionais.
Isso é especialmente benéfico para aqueles que vivem em áreas remotas ou de difícil acesso. Além disso, a prática já se mostrou extremamente eficaz em situações de emergência, como durante a pandemia de Covid-19, quando o distanciamento social foi essencial para conter a propagação do vírus.
Ferramentas de autocuidado
Outro aspecto importante da digitalização da saúde é o crescente número de aplicativos e dispositivos de saúde móvel, visto que eles permitem que os pacientes monitorem sua própria saúde, acompanhem seu progresso e recebam lembretes para tomar medicamentos ou agendar consultas.
Essas ferramentas capacitam os pacientes a assumirem um papel mais ativo em sua própria saúde, promovendo a prevenção e o autocuidado. Além disso, a digitalização também vem proporcionando uma melhor coordenação e integração dos cuidados.
Os registros médicos eletrônicos facilitam cada vez mais o compartilhamento de informações entre as equipes médicas, garantindo que todos os profissionais envolvidos no tratamento de um paciente tenham acesso total às informações necessárias. Isso não só melhora a qualidade dos cuidados, mas também reduz erros médicos e evita duplicação de testes e procedimentos.
Um grande passo
São muitos os benefícios trazidos pelo uso da tecnologia na saúde, e a maneira que isso entrega cuidados às pessoas que realmente precisam. No entanto, ainda existem desafios a serem superados.
Questões como segurança de dados, desigualdade de acesso à tecnologia e internet, além de treinamento de profissionais de saúde para utilizar efetivamente novas ferramentas, são preocupações importantes que precisam ser debatidas e abordadas.
Ou seja, precisamos da digitalização na saúde e ela já está desempenhando um papel crucial na democratização do acesso aos cuidados médicos. À medida que continuamos a avançar nesta era digital, é importante garantir que todos tenham acesso igualitário aos benefícios da tecnologia e que os cuidados de saúde permaneçam centralizados no paciente.
O mercado precisa de organizações comprometidas em continuar trabalhando para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma eficaz para melhorar a vida das pessoas e promover uma saúde mais acessível e equitativa para todos.
A adoção de fluxo digital por empresas de saúde pode ser facilitada de maneira prática e segura por meio da utilização de ferramentas e soluções já alinhadas a esses cenários. Dessa forma, permitir uma integração flexível e, sobretudo, adaptável às circunstâncias do usuário, torna o processo mais eficiente.
**Gian Pestana é COO e co-fundador da Doutor Ao Vivo. Com formação acadêmica em tecnologia e gestão pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, o executivo também é investidor-anjo.