Especialista em relações de trabalho explica a importância do bem-estar da equipe colaboradora para as empresas
Aprovado no Senado, o projeto de lei que prevê a regulamentação da saúde mental nas empresas (PL 4.358/2023) reforça uma preocupação cada vez maior por parte dos líderes e gestores atuais. O texto institui as diretrizes para uma certificação oficial do governo para empresas que promovam programas de promoção da saúde emocional no ambiente de trabalho e ações de combate à discriminação e ao assédio em todas as suas formas.
Para Cris Kerr, fundadora da CKZ Diversidade, este cuidado com o bem-estar por parte das lideranças das empresas é, não apenas válido, como essencial para o futuro corporativo. Afinal, a felicidade das pessoas colaboradoras não diz respeito apenas a uma ideia romantizada de que uma pessoa feliz trabalha melhor. Ela vai além e envolve o fortalecimento da cultura organizacional e a responsabilidade social da empresa, refletindo assim nos resultados financeiros.
A especialista em diversidade, inclusão e relações de trabalho também compartilha algumas de suas experiências para promover a felicidade no ambiente corporativo:
Mudança na abordagem da empresa:
Uma empresa que inicialmente tinha utilizado uma abordagem negativa focada em cobranças e pressões para melhores os resultados, acabou gerando uma onda de desmotivação na equipe, obtendo resultados abaixo do esperado para o ano seguinte.
Com a mudança para uma abordagem positiva e focada na felicidade na convenção seguinte, a equipe se tornou mais motivada e engajada, recuperando os resultados, demonstrando maior produtividade e colaboração.
Tendência nas empresas:
Cada vez mais, as empresas estão incorporando programas de felicidade como parte de suas agendas, especialmente no contexto da ESG (Environmental, Social and Governance). Esses programas não apenas melhoram o bem-estar dos colaboradores, mas também fortalecem a cultura organizacional e contribuem para a sustentabilidade do negócio, refletindo em um aumento na lucratividade.
A importância da escuta ativa:
A simples pergunta sobre a felicidade das equipes não garante respostas sinceras, podendo se tornar uma tarefa rotineira. É essencial escutar e tratar as pessoas de forma individual, construindo um processo diário com atenção e presença.
Compreensão da visão e missão da empresa:
As equipes precisam entender a importância do trabalho, visão e missão da empresa para valorizá-la. Criar um ambiente seguro para que as pessoas comuniquem suas dores e sentimentos pode ser um diferencial na busca pela felicidade.
Sobre a Cris Kerr
CEO da CKZ Diversidade, consultoria especializada com 16 anos de atuação em Inclusão & Diversidade, escritora, professora da Fundação Dom Cabral, mestra em Sustentabilidade pela FGV. Foi pioneira no tema D&I com o lançamento em 2010 do Super Fórum Diversidade & Inclusão, que está indo para a 13ª edição, e tem como propósito apoiar as corporações a construírem ambientes mais diversos e inclusivos, tornando-as mais inovadoras e sustentáveis. Cris também é autora do best-seller Viés Inconsciente e Cultura Organizacional Livre de Assédio.