2ª edição do Fórum Inclusão em Foco contou com especialistas, jornalistas e influenciadores digitais para discutir a realidade e a geração de oportunidades para pessoas negras e com deficiência
Debater os aspectos que permeiam a empregabilidade de profissionais negros e com deficiência, suas vivências e comportamentos sociais, além da geração de oportunidades promovida pelas empresas foram alguns dos temas abordados na segunda edição do fórum Inclusão em Foco, promovido pelo McDonald’s na última segunda-feira (27) no Teatro Claro, em SP. Totalmente gratuito e aberto a toda a sociedade, o evento contou com a presença de especialistas, jornalistas, profissionais do mercado de trabalho que possuem relação com a pauta de Diversidade e Inclusão, além de criadores de conteúdo, atrizes e colaboradores do McDonald’s.
O Fórum contou com quatro grandes painéis e dois talks. No período da manhã, os dois primeiros abordaram o mercado de trabalho, as oportunidades para pessoas com deficiência e pessoas negras e como podemos construir juntos uma sociedade mais justa e inclusiva. No painel focado em pessoas com deficiência, estiveram presentes: Camila Francis, Diretora de Atendimento na InPress Porter Novelli, mediadora, Carolina Ignarra, CEO da Talento Incluir, Nico Nascimento, especialista em ESG e Lucas Assis, atendente do restaurante McDonald’s em Alphaville. Já o painel racial, mediado por Silvia Nascimento, CEO do Portal Mundo Negro, contou com a participação de Fábio Sant’Anna, Diretor de Gente, Diversidade e Inclusão da Arcos Dorados, Ana Helena Passos, pesquisadora em Relações Étnico-Raciais e Ricardo Silvestre, CEO da Black Influence. Carola Videira, fundadora da Turma do Jiló, fechou a parte da manhã com um talk muito especial inspiracional em que teve a oportunidade de contar sobre a criação da ONG e sua atuação por uma sociedade mais inclusiva.
Nico Nascimento, Analista de ESG e Diversidade e Inclusão, participante do painel sobre empregabilidade para pessoas com deficiência, comenta sobre os desafios que ainda permanecem no país, como a falta de contratação e a promoção de profissionais com deficiência a cargos de liderança nas empresas. “Eu me tornei uma pessoa com deficiência em 1993, praticamente junto com o surgimento da Lei de Cotas. Era muito difícil porque as pessoas de recursos humanos e as empresas não sabiam como lidar, a gente se sentia muito deslocado. E hoje, eu ainda eu percebo as empresas tateando as mesmas coisas que a gente falava 32 anos atrás”, conta.
Jozi Belisiário, professora, empreendedora e idealizadora da loja Aneesa, o primeiro e-commerce especializado em bonecas negras da América Latina, deu start na programação da tarde com um talk sobre sua trajetória, inclusão e oportunidades. Na sequência, foi a vez de ouvir a influenciadora e psicóloga Pequena Lo, e a Fernanda Honorato, repórter e atriz, em um painel sobre “A luta contra o capacitismo e o preconceito”, sob mediação de Carolina Ignarra. O quarto e último painel do dia, denominado “A luta contra o racismo estrutural no Brasil”, contou com a mediação da jornalista Semayat Oliveira e participação de Luana Xavier, atriz e apresentadora, e Clara Moneke, atriz e modelo.
Fábio Sant’Anna, Diretor de Gente, Diversidade e Inclusão da Divisão Brasil da Arcos Dorados, e um dos painelistas do evento, reforçou a importância do tema racial na sociedade. “Hoje, internamente, assumo um tema de diversidade bastante diferente do tema inclusão. Inclusão para a gente é gerar senso de pertencimento, mas não é só isso, é reconhecer e valorizar a singularidade de cada um. Diversidade é promover um time diverso. Mas isso não quer dizer que você está oferendo uma experiência de inclusão. Estou no melhor momento da minha carreira e muito feliz em impactar a vida de mais 60 mil pessoas que trabalham conosco hoje, gerando contratações e oportunidades para todas as pessoas”.
Por meio dessa iniciativa, a Arcos Dorados leva seu compromisso com a diversidade, a inclusão e a geração de oportunidade a todas as pessoas para além da companhia, promovendo uma conversa sincera e construtiva na busca de um mercado de trabalho mais inclusivo.
Diversidade e Inclusão: uma pauta prioritária na Arcos Dorados
Ao longo dos últimos anos, a companhia tem intensificado suas ações de diversidade e inclusão, baseada em uma consistente estratégia ESG, chamada Receita do Futuro, com pilares de atuação que contribuem para alcançar um amanhã melhor e mais sustentável. Dentre eles, o pilar de Diversidade e Inclusão é o responsável por impulsionar a conversa sobre o tema na companhia.
Como símbolo do compromisso contínuo de dar luz às individualidades, a companhia conta com o SOMOS, Comitê de Diversidade e Inclusão, que tem como objetivo promover a conscientização dos colaboradores e enfatizar de maneira coletiva a importância das pautas da diversidade. Com a participação de membros de toda a companhia, o Comitê atua em diversas frentes, como gênero, gerações, diversidade sexual, saúde e bem-estar, raça e pessoas com deficiência.
“Para nós, na Arcos Dorados e em toda operação McDonald’s, diversidade e inclusão é um valor inegociável e um compromisso diário. Como empresa líder no segmento e comprometida com a verdadeira inclusão e com a eliminação do preconceito, lideramos conversas como essas feitas no fórum Inclusão em Foco e abrimos espaço para debates, pois acreditamos que somente assim conseguiremos avançar como sociedade”, afirma Mariana Scalzo, Diretora de Comunicação Corporativa da Divisão Brasil da Arcos Dorados.
A pauta racial e de pessoas com deficiência são prioridades na Arcos Dorados no Brasil. Atualmente, as pessoas negras compõem 63% do quadro de colaboradores e 38% ocupam cargos de liderança. Somente neste ano, a companhia contratou 10 mil pessoas negras, o que representa 65% do total de contratações. Além disso, 63% de todas as promoções gerais foram conquistadas por pessoas negras e 51% das promoções a cargos de liderança, também foram conquistadas por elas. Quando falamos especificamente de ações afirmativas, cerca de 200 pessoas negras receberam bolsas de estudos de inglês, aproximadamente 400 pessoas negras foram contempladas com bolsas de estudo do preparatório para o Encceja. Em relação às pessoas com deficiência, atualmente são mais de 1.800 colaboradores com diferentes tipos e graus de deficiência no quadro do Brasil, sendo que 72% têm deficiência intelectual. Desses, mais de 50 colaboradores têm Síndrome de Down e estão construindo uma jornada positiva junto à companhia, se desenvolvendo profissionalmente e pessoalmente e alcançando transformações positivas em suas vidas. Para que isso aconteça, a empresa não mede esforços e discute modelos efetivos de trabalho, criando oportunidades para as pessoas com deficiência, capacitando-as e sendo um agente facilitador nesse processo para que elas possam se desenvolver e descobrir suas habilidades.
Com assessoria