Escritora cuiabana lança “Um romance na Guerra do Paraguai”

A Casa de Bembem, no Centro Histórico de Cuiabá, onde funciona o Instituto Ciranda, recebeu na noite desta terça feira (05.09) , pela Entrelinhas Editora, o lançamento do...

A Casa de Bembem, no Centro Histórico de Cuiabá, onde funciona o Instituto Ciranda, recebeu na noite desta terça feira (05.09) , pela Entrelinhas Editora, o lançamento do livro “Cunhataí: um romance da Guerra do Paraguai”, da romancista cuiabana Maria Filomena Bouissou Lepecki, em edição revisada e com novo design.

No dia 10 de setembro a obra será lançada na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, no stand nº 20 do Instituto Cultura em Movimento, Rua Q, Pavilhão Verde. A edição impressa será lançada simultaneamente ao ePub, para os leitores que preferem uma experiência digital.

Como parte das pesquisas para escrever o romance de cunho histórico, em 1999, a autora integrou uma expedição militar que refez, a pé, 224 quilômetros percorridos pelas tropas brasileiras, desde a fazenda da Laguna, no Paraguai, até Nioaque, MS – a Retirada da Laguna, colhendo os frutos desta emocionante história. “Senti a imensidão dos espaços, escutei os passos, a dificuldade do terreno”, frisa Filomena.

O primeiro autógrafo da autora, ao lançar a edição premiada do seu livro “Cunhataí…”, em 2002, foi para José Mindlin, o maior bibliófilo brasileiro…

Augusto Novis, tataravô da autora, ascendente de todos os Novis, era médico e lutou na Guerra do Paraguai, na retomada de Corumbá. Juntamente com o dr. Joaquim Murtinho ele ajudou a produzir a vacina contra a varíola, enfermidade que causou grande mortandade em Cuiabá em 1867.

Maria Filomena é descendente dos acadêmicos Amarílio Novis, José Jaime de Vasconcellos e João Novis Gomes Monteiro. Sua mãe, Tereza Luíza V. Bouissou, trabalhou com Maria Lygia de Borges Garcia para a fundação das Casas do Artesão em Mato Grosso e participou na concepção e organização das pesquisas para o “Inventário de cultura popular mato-grossense”, em 1978 – possivelmente o primeiro do gênero realizado sobre a cultura popular nesta região.

A narrativa

Um espião sedutor, um bravo capitão e uma sinhazinha aventureira. Pode uma história de amor alterar os rumos de uma guerra?

Numa narrativa ágil, onde o passado interage com o presente e a ficção penetra nas brechas da História, o leitor é transportado ao Brasil imperial invadido pelos paraguaios e à expedição militar que irá libertar Mato Grosso.

Dos bailes de Campinas ao sertão bruto, p´ra lá das solidões, havia uma distância imensa, uma estrada repleta de buracos e curvas, que Micaela jamais poderia imaginar.

Ao retratar o amadurecimento da personagem sob os ecos da guerra mais sangrenta das Américas, o livro beira o universal, já que cunhataís são todas as mulheres, ou foram, ou serão, antes de terem muitos de seus sonhos desfeitos.

A autora

Maria Filomena Bouissou Lepecki nasceu em Cuiabá (MT), em março de 1961. Médica oftalmologista, trabalhou 15 anos na área de saúde, até que, por motivos familiares, passou a viver em países da Ásia e da África, onde fez trabalhos voluntários, para depois decidir-se por sua paixão: a Literatura.

Seu primeiro livro “Cunhataí: Um romance da Guerra do Paraguai” (ed. Talento), recebeu o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Literatura 2002; Prêmio Orígenes Lessa (O melhor para o jovem) pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e Prêmio Escritora Revelação 2003 (FNLIJ). É autora também do romance “Uma ponte para Istambul” (2021), best-seller na Amazon, em janeiro de 2022, em duas categorias, e publicado na França pela Publishroom em dezembro de 2022. Publicou a coletânea de artigos “Literatura em Lugares Exóticos”, na Amazon (2023) e participou da coletânea “Contos de Inverno” (ed. Lura), lançado na Bienal de São Paulo de 2022.

Depoimentos sobre o romance

“Cunhataí atualiza as características da novela fundacional na voz de uma narradora feminina. Um romanção, no melhor sentido da palavra.” Beatriz Resende – crítica literária, ensaísta, pós-doutora e professora titular da UFRJ

“Uma grande personagem feminina e a Guerra do Paraguai como cenário. Dois itens que a literatura nacional recente estava devendo.” Daniel Piza (1970-2011) – jornalista, escritor e crítico de artes plásticas

“Fundado na História, o romance explora as relações humanas em narrativa consistente e bem realizada.” Tânia Franco Carvalhal (1946-2006) – doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP, fez pós-doutorado na Université de Paris (Paris-Sorbonne).

Da assessoria