A Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer promoveu nos dias 18 e 19 de abril o Seminário “Reimaginando a Educação: A transformação prática da Pedagogia a partir da ciência e da evidência” direcionado às equipes de profissionais da Superintendência Pedagógica da Smecel de Várzea Grande.
O seminário, realizado no auditório do Anexo I da Smecel, foi conduzido pela presidente da Associação Educativa para o Desenvolvimento Humano, Anna Lucia Campos, com 20 anos de trabalho na inovação do sistema educativo no campo da evidência científica.
Durante a palestra, a professora, que é especialista na Primeira Infância com atuação em países como Peru, Nicarágua entre outros da América Latina e é uma das autoras do livro “Primeira Infância: Um olhar desde a neuroeducação”, publicado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), afirmou que está em curso um movimento global para melhorar, transformar e inovar todos os programas de atenção e educação infantil, tendo como base o que a ciência vem evidenciando sobre o desenvolvimento do cérebro na infância e todas as áreas relacionadas a isso.
“Estamos introduzindo no Brasil o projeto ‘Iniciar’, que vai ser realizado no município onde haverá um diálogo com todos os setores no sentido de transformar esta atenção na Educação Infantil. Estamos neste semestre selecionando os municípios que farão parte da primeira rede neste processo de transformação da atenção da Educação Infantil”, explicou.
De acordo com a superintendente Pedagógica, Luz Marina Coelho, a primeira etapa do projeto é a sensibilização, pois é um projeto multissetorial, com vários níveis de atuação, de governança às políticas públicas, de formação para todos, desde a gestão até a ponta que trabalha com a criança. “A proposta é pesquisa/ação – transformar as unidades educacionais em ‘Escolas investigadoras’, escolas que podem se transformar a partir da ciência e da evidência”, pontuou.
Na fase da aplicação prática, o projeto envolverá professores e gestores já formados no tema com a transformação da metodologia, das atividades e das práticas pedagógicas e as famílias nesse processo. Anna Campos reforçou ainda que, nas últimas décadas, existe um movimento mundial para esse processo de transformação na educação, principalmente na Educação Infantil.
“O cérebro na primeira infância é muito ‘plástico’ então o que a gente faz na primeira infância deixa uma marca indelével para o resto de nossas vidas. É na primeira infância que aprendemos a falar, caminhar, onde aprendemos a regular comportamentos, expressar carinho e amor”, disse.
Segundo Anna Campos, houve um pacto global, um compromisso hemisférico pela primeira infância, pois todas as crianças de hoje, menores de 4 anos viveram sendo influenciadas pelas restrições impostas pela pandemia, afetando o desenvolvimento social, o desenvolvimento emocional, o desenvolvimento linguístico e agora existe a necessidade prioritária na promoção de políticas públicas para trazer essas crianças para um processo de atenção e educação contextualizado.
Com Assessoria