Espaço-porto pode ter que ser modificado: discos voadores vêm do futuro e não de outros planetas

Barra do Garças (510 km de Cuiabá) pode ter que mudar seu espaço-porto. O professor de biologia antropológica Michael Masters decidiu dar um olhar científico para a hipótese de que os “extraterrestres” que nos visitam em discos voadores não são de fora da Terra, mas sim viajantes no tempo.

Em seu livro “Identified Flying Objects” (Objetos Voadores Identificados, em inglês), Masters propõe um olhar mais cuidadoso nas mudanças evolutivas de longo prazo na biologia, cultura e tecnologia humanas, no que se refere à questão dos “OVNIs” e “Extraterrestres”.

“Sabemos que estamos aqui. Sabemos que os seres humanos existem. Sabemos que tivemos uma longa história evolutiva neste planeta. E sabemos que nossa tecnologia será mais avançada no futuro”, afirmou o pesquisador. “Eu acho que a explicação mais simples, por natureza, é que somos nós [OVNIs]”, completa.

Masters baseia sua ideia em sua experiência em antropologia. “Como antropólogo, trabalhei em inúmeras escavações arqueológicas na África, França e nos Estados Unidos. É fácil conceber quanto mais poderia ser aprendido sobre nossa própria história evolutiva, se atualmente possuímos a tecnologia para visitar o passado”, afirma em seu site oficial.

Até as supostas abduções pelos alienígenas o pesquisador coloca na conta dos viajantes do tempo. “Os alegados relatos de sequestro são principalmente de natureza científica”, disse Masters. “Provavelmente são futuros antropólogos, historiadores, linguistas que estão voltando para obter informações de uma maneira que atualmente não podemos sem acesso a essa tecnologia”.

O livro do antropólogo vai além: cientistas do futuro não seriam os únicos seres humanos a nos visitar. Masters acredita que as viagens no tempo também podem ser uma grande indústria turística no futuro. “Sem dúvida, no futuro, existem aqueles que pagarão muito dinheiro para ter a oportunidade de voltar e observar seu período favorito na história”.

BARRA DO GARÇA – Barra foi a primeira cidade do Brasil, e do mundo (!), a construir um “aeroporto para discos voadores. O espaço-porto foi construído com apoio oficial. Pelo que se conta, na década de 1990, até uma lei municipal (Lei n° 1.840 de setembro de 1995) foi aprovada, prevendo a construção de um local de embarque e desembarque de alienígenas.

A área tem 5 hectares e fica na Serra do Roncador, região famosa pela suposta presença de aeronaves extraterrestres. A ideia do ‘disco-porto” surgiu a partir do relato do morador Lauro Aquino.

Ele contou que jogava baralho com os amigos, na noite de 3 de março de 1996, quando avistou uma luz intensa passando pelo céu. “Toda a vila onde moro ficou iluminada. A avenida ficou lotada de gente apontando para cima e tentando entender o que era aquilo que sobrevoava a nossa cidade. Era algo muito grande, mas ninguém sabia o que era”, contou para uma publicação da época.

Depois da experiência em 1996, Lauro comenta ter avistado outros objetos voadores não identificados no céu de Barra do Garças. “São muitas histórias que presenciei por aqui. Antes, eu não acreditava, era cético, até que comecei a ver essas luzes com frequência.”

A partir dessa história ufólogos e pesquisadores passaram a visitar Barra do Garças para investigar os inúmeros relatos sobre óvnis na região. As constantes narrativas de moradores sobre óvnis e os diversos estudos feitos na cidade motivaram a criação do famoso espaço-porto destinado a possíveis pousos dos objetos voadores.

O projeto foi apresentado pelo então vereador Valdon Varjão, já falecido, e aprovado pela câmara de vereadores da cidade. A ideia do vereador Varjão, segundo costumava explicar era que o “disco-porto” fosse de fomentar o turismo do município – além de facilitar contatos com visitantes.

MISTÉRIO – Localizada no paralelo 15 graus Sul, linha imaginária que passa por lugares considerados místicos, a Serra do Roncador acumula histórias misteriosas. A mais conhecida é o desaparecimento do coronel inglês Percy Fawcett, em 1925. Conta-se que estava em busca de uma suposta cidade perdida, a qual denominou de Z, quando adentrou a serra e nunca mais foi visto.

Em razão dos inúmeros relatos sobre possíveis óvnis relacionados à serra, estudiosos interessados no assunto e ex-militares da aeronáutica criaram, há cerca de 18 anos, o

Localizada no paralelo 15 graus Sul, linha imaginária que passa por lugares considerados místicos, a Serra do Roncador acumula histórias misteriosas. A mais conhecida é o desaparecimento do coronel inglês Percy Fawcett, em 1925. Ele estava em busca de uma suposta cidade perdida, a qual denominou de Z, quando adentrou a serra. Foi a última vez em que foi visto.

Imaginava-se que tivesse sido abduzido, mas pode ter sido levado para o futuro, segundo essa nova teoria do professor Michael Masters.

TÃO, TÃO DISTANTE – O debate a cerca da existência de vida alienígena é antigo e ultrapassa os anos. Supostas aparições de OVNIs são registradas em grande escala ao redor do mundo, “desde que o mundo é mundo” – há inúmeros registros, ao longo de milênios, em diversas civilizações, desses aparições. E, apesar de ufólogos afirmarem que são reais, os cientistas insistem em que os discos voadores não passam de uma fraude.

O que torna a teoria do professor Michael Masters interessante é que ela faz sentido. Aliás, faz mais sentido do que imaginar que exista ai fora uma (ou várias) civilização avançada, mas tão avançada, que tenha máquinas capazes de cruzar o espaço a velocidade impossíveis.

Só um exemplo, o planeta fora do sistema solar, que fica mais próximo de nós, está a uma distancia de aproximadamente 4,2 anos-luz (cerca de 40 trilhões de km).

Significa que é preciso uma nave que viaje à velocidade da luz (perto de 300 mil quilômetros POR SEGUNDO): um ano-luz corresponde a cerca de 9,5 trilhões de km, ou seja, 9.500.000.000.000 quilômetros. E essa nave demoraria quase 10 anos terrestres pra sair de lá – imaginando que sejam desse planeta que tá mais pertinho – vir aqui dar uma “olhadinha” e retornar. Pode até ser possível, mas é inviável.

O mais aceitável mesmo é a teoria do professor Michael. Afinal, imagine nossa tecnologia daqui a mil ou dois mil anos?  Imagine nossa evolução em 10 mil anos, a partir do que somos hoje em termos tecnológicos…

Inclusive porque, talvez você não saiba, mas na teoria, se ultrapassarmos a velocidade da luz, podemos voltar no tempo.

E provas para isso é o que não falta.

 

 

 

 

 

 

Com informações da BBC News

Por Portal Mato Grosso