Cuiabana doa rim e salva a vida da filha: “Maior amor que existe”

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“O maior amor que existe”. Foi assim que a estudante de relações internacionais, Cauana Bezerra, 22 anos, classificou o ato de carinho que recebeu da mãe, a empresária Lorenna Bezerra, 41 anos, que no último dia 08, doou parte do rim para salvar a vida da filha.

Elas moram em Cuiabá, mas a cirurgia de transplante de órgão foi realizada em um hospital de São Paulo.

Cauana foi diagnosticada com lúpus aos 7 anos. A doença pode atingir pessoas de qualquer idade e pode afetar articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração e pulmões.

No caso da jovem, os rins foram atingidos, gerando uma condição chamada nefrite lúpica.

A mãe da Cauana explicou ao repórter MT que o lúpus provoca a perda das funções renais.

“Foram anos de batalha contra essa doença. Ela vinha fazendo um acompanhamento com Nefrologista e, agora, aos 22 anos, a função renal dela ficou bem baixa e as opções apresentadas a nós pelos médicos era hemodiálise ou o transplante”, explicou Lorenna.

Antes de optar pelo transplante, a jovem chegou a fazer a hemodiálise, mas o tratamento não foi eficaz por muito tempo. A cirurgia era para ter sido realizada em 2019, mas devido ao início da pandemia, o hospital suspendeu os transplantes de doadores vivos.

Para Lorenna doar parte de um órgão para a própria filha foi“coisa de mãe para defender a cria sabe. Queria mesmo que fosse eu para poder acompanhá-la. É libertador ter ajudado e doado para ela. Dá uma sensação de missão cumprida sabe?! Embora ainda tenhamos alguns cuidados a tomar, estou muito feliz e com sensação de dever cumprido”.

Após três dias de cirurgia, realizada na semana passada, Lorenna recebeu alta. Já Cauana precisou ficar uns dias a mais.

“Como o organismo dela estava acostumado com um rim fragilizado, ao receber o bom é preciso de tempo de adaptação desse novo órgão saudável. Então esse tempo de adaptação é lento e longo”, disse empresária.

Passado esse período hospitalar, as duas encontram-se em recuperação em SP. A expectativa é de que elas retornem para a Capital Mato-grossense em três meses.

A estudante se emocionou ao comentar sobre o grande presente que recebeu da mãe.

“Não tenho palavras que possam descrever o quanto isso é forte, o quanto é importante e emocionante. Já tinha certeza de que minha mãe me amava, mas depois disso imagino ser impossível um amor tão grande assim”, disse.

Ainda conforme Cauana, com o transplante ela deve ficar curada do lúpus.

“Depois que transplanta o rim por conta da doença, não corre mais o risco de o Lúpus voltar, ele some, acaba”.

Nas redes sociais

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Cauana e lorenna

Cauana utilizou as redes sociais para compartilhar sua experiência com o transplante. Ela criou um perfil no Instagram onde tem publicado passo a passo de todo o processo.

Em sua última postagem no @transplanteii, ela mostra uma grande quantidade de remédios e um caderno onde anota a hora, qual medicação e dosagem de cada um.

“A coisa mais importante na vida de um transplantado são seus remédios imunossupressores. Eles impedem que o órgão seja rejeitado, porém, diminuem muito a imunidade, o que requer cuidados”, diz trecho de publicação.

FONTE: Repórter MT