Casal de MT lança marca de cosméticos veganos sólidos

É possível manter uma rotina de autocuidado causando menos impacto social e ambiental? A resposta do casal Bruna Uriarte e Eduardo Ventura é sim! Nutridos pelos ideais do...

É possível manter uma rotina de autocuidado causando menos impacto social e ambiental? A resposta do casal Bruna Uriarte e Eduardo Ventura é sim! Nutridos pelos ideais do veganismo eles encontraram em um estilo de vida mais natural e consciente meios para atenuar os danos causados por uma cadeia produtiva baseada na exploração de pessoas e recursos ecológicos.

Juntos há quatro anos, os estudantes de Direito e Publicidade e Propaganda, respectivamente, trocaram o comprar pelo fazer e descobriram um universo de produtos que não poluem, não fazem mal à saúde e geram menos resíduos. Foi a partir deste mergulho que, em julho de 2020, em meio a pandemia, criaram a Afeto Lab, sua marca de cosméticos veganos sólidos.

Contemplado pelo Edital MT Criativo, da Lei Aldir Blanc, o projeto dirige esforços para suprir um nicho de mercado ainda carente de opções em Mato Grosso. “A maior parte dos produtos com estas características encontrados aqui são de grandes empresas, que, na maioria das vezes, praticam “Greenwashing”, ou seja, que usam estratégia de marketing enganosa para venderem uma imagem sustentável”, explica Bruna.

Assim, fundindo seus princípios a óleos essenciais nobres, eles passaram a produzir sabonetes, shampoos e condicionadores em barra. A matéria-prima concentrada garante bastante espuma e deixa o cabelo mais próximo do que seria sua condição natural. “Eles apresentam PH próximo ao do nosso couro cabeludo, então a barra mantém o estado de limpeza, leveza e equilíbrio por mais tempo”, diz Eduardo.

Divulgação

Cosmético em barra

A mesma receita se aplica aos sabonetes. Criados a partir de materiais nobres, eles apresentam alta performance. “São feitos com ingredientes naturais, são mais bonitos e chiques. Claro que não são tão baratos quanto os convencionais, mas é importante ressaltar que eles têm efeitos que outros dermocosméticos não têm. Também não agridem a pele e são biodegradáveis”, reforça.

E é justamente nesta relação de custo-benefício que mora a economia, uma vez que, segundo a co-criadora da marca, os produtos possuem longevidade muito superior aos encontrados nos mercados. No caso da barra de shampoo, por exemplo, 75 gramas podem durar de um a dois meses. Já o condicionador, pode chegar a quatro meses.

Eles oferecem ainda opções para hidratação leve e profunda e não têm nenhuma contraindicação. “Quando a gente vai ao mercado e lê os rótulos de shampoos e sabonetes líquidos, percebemos que a maior parte do conteúdo se resume a água, basicamente. Para se ter algum efeito é preciso usar bastante e possivelmente aquilo não vai fazer bem para o cabelo ou para a saúde”, conta o estudante.

Logo, para driblar o mito de que o veganismo é inacessível, o casal aposta em informação, opções não elitizadas, soluções fáceis, acessíveis e com resultado melhor que o observado em itens industrializados. “O veganismo e os preços altos podem andar de mãos dadas, mas é preciso considerar que ele também pode estar aliado à economia”, avalia.

Este e outros temas são abordados na página da Afeto Lab no Instagram. O espaço aposta na descontração na praticidade para ampliar o alcance do debate, alimentando o público com receitas, dicas de bem-estar e saúde e uma série de informações sobre este estilo de vida. Lá também é possível encontrar workshops e guias, realizados graças ao aporte repassado pela Secretaria de Estado de Cultura (Secel-MT).

Afora a produção própria, a Afeto Lab também comercializa escovas de dente de bambu, canudos reutilizáveis, fio dental biodegradável, absorventes de pano reutilizáveis, coletores menstruais, calcinhas absorventes, ecopads de crochê e argilas para cuidados com a pele. Vale destacar que as escovas, ao contrário das de plástico, podem ser enterradas e que os utensílios de crochê contribuem com a mão-de-obra local.

Para Bruna, quem tem curiosidade sobre o tema deve pensar que uma das principais diferenças entre o material industrializado e o artesanal está na relação entre eles e as pessoas. “Quando fazemos algo e separamos tempo para produzir, nossa relação é mais profunda. O fato de transformar uma coisa em outra é, com certeza, fonte de conhecimento e autonomia. Dedica-se tempo, cuidado e carinho”, conclui.

Os interessados podem entrar em contato por meio da página do Instagram @afetolab ou pelo Whatsapp: 65 99246 1822.

 

Por Assessoria