A Associação Cultural Flor Ribeirinha mantém a preservação do siriri e cururu há cerca de 28 anos em Cuiabá. A iniciativa nasceu por conta do entusiasmo de Dona Domingas que, em 1993, criou o grupo Flor Ribeirinha para ensinar os passos e sons das danças para filhos e netos, e até hoje permanece à frente do projeto. Atualmente, a Associação conta com o patrocínio da Energisa.
“Eu danço Siriri desde a barriga da minha mãe”, brinca Avinner Augusto, neto de Dona Domingas e coreógrafo do Flor Ribeirinha. “Durante muitos anos, o Siriri era discriminado e motivo de vergonha para a população ribeirinha. Hoje, temos a nossa arte valorizada não apenas em Mato Grosso, mas também em outras regiões do Brasil, além de países da Europa, Ásia e América do Sul”, destaca Avinner.
Domingas, que nasceu na comunidade São Gonçalo Beira Rio, criou inicialmente o grupo Boa Esperança, ainda na década de 1970, mas com o passar dos anos ele chegou ao fim. Anos depois, ela fundou o Flor Ribeirinha. Aos poucos foi ganhando mais adeptos e deixou de ser um grupo somente do círculo familiar. Atualmente, conta com mais de 70 participantes entre dançarinos e músicos.
O Flor Ribeirinha deu origem a outros projetos como oficinas de artesanato, dança e música, o Cultura nas Escolas, o Flor da Idade e o Semente Ribeirinha, onde Mariana Laura começou aos sete anos. Hoje, aos 22 anos, ela já tem na bagagem apresentações de Siriri em diversos países e ainda se dedica como voluntária no projeto.
“Eu estive no lugar deles e hoje sou instrutora. É muito gratificante compartilhar a nossa cultura com as crianças e fazer parte da história deles com a arte”, comenta Mariana Laura.
Valorização da cultura que transforma gerações
Desde sua chegada em Mato Grosso, a Energisa já investiu mais de R$ 1 milhão em projetos que levam cultura, educação e esporte para crianças e adolescentes. A atuação da Associação Cultural Flor Ribeirinha é uma das entidades que recebeu investimento e tem como principal objetivo preservar as tradições culturais e incentivar a sua continuidade através da formação de uma nova geração de artistas populares.
“A Associação Cultural Flor Ribeirinha faz um trabalho maravilhoso que vai além da dança. Um projeto social que busca o resgate, a manutenção e a divulgação da cultura popular cuiabana. Muito mais do que distribuir energia elétrica, é nosso propósito promover o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da sociedade, bem como a igualdade social e a preservação do meio ambiente! Essa ação junto à Comunidade Flor Ribeirinha é mais uma de nossas iniciativas nesse sentido e que nos proporciona muita alegria.”, afirma Riberto José Barbanera, diretor-presidente da Energisa Mato Grosso.
A história de Mariana Laura é a prova de que o empenho de Dona Domingas até os dias de hoje continua dando bons frutos. A paixão de Mariana pelo Siriri nasceu quando dava os primeiros passos da dança ainda na plateia vendo as apresentações. “Um povo sem cultura é um povo sem identidade. As futuras gerações também precisam ver e sentir a energia do Siriri”, completa Mariana.
Por Olhar Conceito