“Pensa que você está segurando na mão de Deus”. Foi com essas palavras que a enfermeira Lidiane Melo, de 37 anos, pediu para uma paciente com Covid-19 se agarrar a duas luvas cirúrgicas preenchidas com água morna para confortá-la em um momento de desespero.
Lidiane, que trabalha em um hospital na ilha do Governador (RJ), tentou de tudo, até mesmo molhar a mão da paciente com água morna para medir a saturação. Mas havia o risco de contaminação. Pensou mais um pouco e foi quando teve a ideia simples e que fez uma grande diferença. Deu certo!
Em três minutos, a entrega de sangue nos tecidos do corpo melhorou e Lidiane pôde medir a saturação do oxigênio. A história aconteceu no ano passado, mas só viralizou agora. A enfermeira achou a foto no celular e resolveu postá-la em suas redes sociais.
“Ela não deixava a gente sedá-la, só dizia que a gente não poderia deixá-la morrer, que tinha duas filhas e duas netas, que cuidava da família. Depois de uma conversa, ela pediu para eu segurar a mão dela. Disse que não podia, que tinha outros pacientes para atender, mas que ia fazer uma coisa”.
“Fiz a mãozinha, ela se acalmou, disse que parecia que eu estava segurando a mão dela e eu disse que não era a minha, que era para ela pensar que era a mão de Deus, que ia ajudá-la a sair dali”, lembra Lidiane.
Felizmente, a paciente se curou e recebeu alta. E se deu certo uma vez, daria certo em outras tentativas. Dito e feito! Lidiane já aplicou a “técnica da mãozinha” ou “mão de Deus” em outros pacientes, desde então.
“O dia que não for para me sensibilizar ou chorar com a dor do outro, paro de trabalhar na hora”, concluiu.
Por Só Notícia Boa