Pesquisa cria teste para medir altruísmo, gratidão e perdão

Instrumento pode ser utilizado em pesquisas de diversas áreas Professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em parceria com outras Instituições nacionais e internacionais, desenvolveu e testou...

Instrumento pode ser utilizado em pesquisas de diversas áreas

Professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em parceria com outras Instituições nacionais e internacionais, desenvolveu e testou um instrumento para quantificar o altruísmo, a disposição para perdoar e a gratidão na personalidade das pessoas. O objetivo é que a ferramenta possa ser usada em pesquisas de diversas áreas, que busquem estudar essas características chamadas de “prossociais”.

De acordo com o pesquisador, professor Renan Monteiro, esses traços de personalidade descrevem pessoas que pensam e agem em benefício da sociedade, com orientação prossocial (o oposto de antisocial) e foco interpessoal, baseando-se em respeito mútuo e reciprocidade, sendo assim essenciais para o estabelecimento de laços mais coesos entre as pessoas.

“Mapear e identificar traços positivos possibilita verificar em que medida contribuem para a potencialização de forças e virtudes, aumentando, consequentemente, a qualidade de vida. Altruísmo, gratidão e perdão associam-se aos mais variados desfechos positivos (e.g., bem-estar, otimismo, afetos positivos), tendo implicações em diferentes áreas”, explica.
Além disso, ele acrescenta que a influência dessas características pode ser observada em diversas esferas, como na saúde, na gestão de pessoas, no contexto escolar e em outros. “Nas organizações, os traços positivos da personalidade aumentam o engajamento laboral e reduzem comportamentos contraproducentes. Nas escolas, sobretudo em razão dos crescentes casos de bullying, promover estratégias de promoção de traços positivos pode auxiliar na redução de comportamentos agressivos entre os colegas”, acrescenta.

O instrumento, chamado de Inventário de Personalidade Prossocial (IPP+), é do tipo objetivo e de autorrelato. Para preencher, o participante deve ler as instruções e indicar em que medida cada um dos 18 itens o descreve, em uma escala de 5 pontos (1 para não me descreve em nada e 5 para me descreve totalmente).

Ele está disponível para visualização em artigo publicado no Journal of Happiness Studies e, em breve, no site do Laboratório de Instrumentação Psicológica (LIP), que é coordenado pelo professor Renan.

A pesquisa foi desenvolvida em parceria com os pesquisadores Valdiney Gouveia e Isabel Cristina Vasconcelos de Oliveira, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Alex Sandro de Moura Grangeiro, da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Gabriel Lins de Holanda Coelho, da UFPB e do University College Cork (Irlanda).

Por Comunicação UFMT

Foto Luisella Planeta Leoni