Atendente recupera para mãe número do celular de filha falecida e faz ligação surpresa

Para aliviar a saudade da filha, a dona Lazara Augusta Galvão tinha se apegado a uma coisa: ao celular da filha! Para aliviar a saudade da filha Nathália,...

Para aliviar a saudade da filha, a dona Lazara Augusta Galvão tinha se apegado a uma coisa: ao celular da filha!

Para aliviar a saudade da filha Nathália, a dona Lazara Augusta Galvão, 62 anos, tinha se apegado a uma coisa: ao celular da filha! Porém, por conta da correria do dia a dia, ela esqueceu de colocar créditos no celular, fazendo com que o número fosse automaticamente cancelado. Muito triste com o que tinha acontecido, ela foi até uma loja TIM de São José do Rio Preto (SP) pedir ajuda.

Quando pensou que nada mais poderia ser feito, um atendente, Bruno Henrique Garcia, 24 anos, fez a diferença. Com muito esforço e conversa com a Central da TIM, depois de 12 horas, ele conseguiu recuperar o número para a Lazara, deixando-a muito emocionada!

“Em qualquer operadora, números pré-pagos, aqueles que precisam por crédito, não têm contrato. Então, se você não coloca crédito em três meses, é cancelada essa linha. Por lei, após esse cancelamento, o cliente pode resgatar esse número após 30 dias”, explicou Bruno.

Lazara relatou ao Razões que em agosto deste ano completam-se oitos anos da morte da filha. Natália tinha 21 anos quando foi submetida a uma cirurgia bariátrica, infelizmente, ela não resistiu. Passou o tempo, e a mãe se apegou ao número do celular da filha, mas, quando se deu conta, o número tinha sido cancelado.

“Eu me lembro como se fosse ontem quando eu fui comprar com ela o chip. A gente escolheu o número que lembrava a data de aniversário do pai. Tudo que faço é pensando nela”, disse a mãe.

atendente recupera mãe número celular filha falecida

Foi então que a dona Lazara ligou na TIM e a atendente a informou que não tinha mais o que pudesse ser feito. “Eu não acreditava que tinha perdido o que me restava da Natália”, contou muito emocionada.

No dia seguinte, ela foi até a loja da Tim em São José do Rio Preto (SP) pedir ajuda. Ela chegou cedinho e esperou a loja abrir.

“Ela estava apreensiva, mão suando, e me disse: olha, a única coisa que me restou é um número da minha filha. Quando ouvi, já fiquei muito tocado”, disse Bruno.

Ele explicou ao Razões que não tinha mais nada que pudesse fazer, mas que tentou ajuda com a Central da TIM. “Liguei também para a TI da Tim, e ficamos o dia todo para resolver”.

Foram 12 horas de muitas ligações e espera para a recuperação do número! “Ela ficou as 12 horas dentro da loja esperando. Eu pedia pra ela dar uma volta, mas ela queria ficar, disse que sentia que ia dar certo.”

atendente recupera mãe número celular filha falecida

A surpresa

Assim que o Bruno recebeu a informação de a linha tinha sido recuperada, ele fez uma surpresa! “Coloquei o chip num celular e liguei pra ela. Na hora, apareceu o nome da filha na tela pra ela e nos emocionamos. Ela deu um grito de felicidade, ficamos todos muito felizes!”, disse Bruno.

“Eu só tenho a agradecer ao Bruno, não imaginava chegar na loja e ser atendida por esse anjo! Hoje, que usa o número é o meu marido”, disse emocionada.

Ah, e a Lazara ainda saiu da loja com um novo número do celular! “Ele tem a data de nascimento da minha filha, agora, eu só uso ele”, contou feliz!

O reencontro

Essa linda história, na verdade, aconteceu no ano passado. Mas, por conta da nossa entrevista com o Bruno, ele procurou o nome da dona Lazara no sistema e viu que o plano dela já estava antigo e que podia oferecer a ela algo melhor.

E assim, com participação do Razões, fizemos uma chamada de vídeo com a Lazara, o marido, Belmar Galvão, 68 anos, e com o Bruno. Foi um reencontro emocionante!

atendente recupera mãe número celular filha falecida

“Estamos muito felizes que vocês escreveram a nossa história. O Bruno é um anjo e vocês são maravilhosos!”, disse a mãe emocionada.

Obrigado, Lazara, você também é um encanto de pessoa! E aí, bora encantar?!

crédito das fotos: Lazara Augusta Galvão e Bruno Henrique Garcia/Arquivo pessoal

Por Jéssica Souza | Razões Para Acreditar