Pesquisa com consumidores de Cuiabá revela que cidadãos continuam otimistas em relação a alguns quesitos

O Núcleo de Pesquisas Econômicas e Socioambientais da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (NuPES/FE/UFMT) em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá-MT...

O Núcleo de Pesquisas Econômicas e Socioambientais da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (NuPES/FE/UFMT) em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá-MT (CDL-Cuiabá) acabam de lançar mais uma edição do Boletim Empresarial, que tem como uma de suas finalidades divulgar o índice de confiança da capital mato-grossense e também do Estado. O objetivo é informar a sociedade Cuiabana sobre a atual situação econômica de seu município e as expectativas de seus consumidores e empresários.

Em relação ao Índice de Confiança do Consumidor (ICC), a pesquisa sobre o assunto realizada demonstra que no 2º bimestre de 2019, ela mantém-se próximo da linha de indiferença (100), atingindo o valor de 102,6, que revela uma redução no grau de confiança do consumidor, com queda de 2% no índice em relação ao resultado do bimestre anterior.

Conforme os dados levantados, diferentemente do que ocorreu nos outros bimestres, esta queda esteve relacionada a uma piora nas expectativas dos cuiabanos em relação ao futuro, com o IEC apresentando o menor valor de toda a série histórica (108,2). Concomitantemente, a percepção em relação a situação atual melhorou, embora o valor do ISAC mantenha-se um pouco abaixo da zona de indiferença (97,0).

Segundo o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja, em geral, os consumidores continuam otimistas em relação ao que esperam para os próximos meses em relação aos aspectos de emprego, finanças e renda, e pessimistas quanto ao custo de vida e consumo. “Essa pequena oscilação negativa quanto ao otimismo dos consumidores tem a ver com a ansiedade em querer uma recuperação da nossa economia com mais brevidade. O fator que interfere diretamente na economia é o político, sendo que após as definições das eleições no último ano, percebemos um aumento significativo na confiança, porém, pelas dificuldades encontradas nesses inícios de gestões, principalmente no avanço com as aprovações das reformas, acabou gerando um certo grau de desapontamento por parte do consumidor”.

Já em relação ao Índice de Intenção de Consumo (IIC), de acordo com os dados levantados, no 2º bimestre de 2019, os principais segmentos econômicos que os residentes da capital esperam aumentar gastos são: educação, recreação e lazer e produtos e serviços de saúde, higiene e beleza, ou seja, os mesmos segmentos mencionados na pesquisa anterior. Porém, enquanto o IIC do segmento educação atingiu o maior valor da série histórica (119,9), os outros dois mencionados apresentaram pequena redução. Em quarto lugar, têm-se os serviços de informação e comunicação, cujo resultado se destaca pela obtenção do maior valor do IIC desde o início da pesquisa, bem como pela tendência ascendente de seu índice, o que significa uma convergência de aumento das intenções de consumo neste segmento.

“Por outro lado, o consumidor tem mudado o seu comportamento, o período ainda gera incertezas, fazendo com que o consumidor reduza gastos e direcionando seu orçamento muito mais para o que considera essencial”, comentou Granja.

COMO FUNCIONA

Índice de Confiança do Consumidor (ICC) – É composto pelo Índice da Situação Atual do Consumidor (ISAC) e pelo Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), cujas informações que os compõem foram obtidas através da aplicação de questionários junto aos consumidores de Cuiabá (MT), sendo a pesquisa para esta edição realizada entre 03 e 23 de abril de 2019, obtendo-se uma amostra de 439 consumidores2. Os valores destes índices variam de 0 a 200, sendo 0 uma situação muito pessimista/pior, 100 uma situação indiferente/igual e 200 muito otimista/melhor.

Índice de Intenção de Consumo (IIC) – Tem como objetivo medir a propensão a consumir da população cuiabana em diferentes segmentos econômicos. Os valores dos índices foram construídos de forma análoga aos do ICC e a série histórica é apresentada por segmento. Para o último bimestre pesquisado, os dados que, inicialmente constavam entre 0 e 200, foram transformados no intervalo de -100 a +100, com o número zero representando a zona de indiferença. Tal transformação tem por intuito facilitar a compreensão dos resultados, sendo que os valores positivos indicam expectativa de aumento de consumo para os próximos meses, enquanto os valores negativos a sua redução. Cabe destacar que as informações para a construção deste indicador foram obtidas através da mesma amostra de consumidores mencionada no ICC.

Confira o Boletim aqui 

Por CDL Cuiabá

Foto Pixabay